Uma Celebração com os Deuses do Metal - Monsters of Rock - Dia 26/04

Apesar da manhã de domingo começar suficientemente quente, o Doctor Pheabes, única banda brasileira no line up, aqueceu ainda mais a platéia do festival com os vocais de Eduardo Fagundes e os solos de guitarra de Fernando Parrilo. Os pontos mais altos da apresentação foram durante as músicas Godzilla, com o telão trazendo imagens do pré-histórico famoso, e Suzy e Seventy Dogs, em que Eduardo chamou ao palco um dançarina de pole dance levando o público ao êxtase.

Na sequência ocorreu o show mais divertido do festival, Steel Panther conseguiu a atenção de todos com suas letras cheias de sacanagem e performances hilárias de seus membros. A platéia foi um show à parte, com bonecas infláveis, balões de camisinha e várias mulheres mostrando os seios. O setlist teve as conhecidas Asian Hooker, Death to All but Metal, Party All Day (Fuck All Night) e 17 Girls in a Row, momento em que levaram várias garotas ao palco, que repetiram a demonstração de falta de inibição, para alegria do público masculino presente.

A apresentação do Maestro Yngwie Malmsteen foi, como sempre, sem falhas e tecnicamente impecável. O virtuosismo do mestre chegou a fazer calar a platéia durante vários de seus impressionantes solos de guitarra, sempre realizados em guitarras Fender do tradicional modelo Stratocaster na cor creme.

Kai Hansen e Michael Kiske, respectivamente, ex-guitarrista e ex-vocalista da Helloween, em apresentação que remeteu aos melhores tempos da antiga banda, proporcionaram um show incrível do Unisonic trazendo músicas dos álbuns de 2012, autointitulado, e de 2014, Light of Dawn. Também fizeram parte do setlist os singles King for a Day e Exceptional.

Vieram em seguida Accept e Manowar com todos os clássicos das bandas em shows que fizeram todas as quase trinta mil pessoas que lotavam a Arena Anhembi. O Accept teve em seu repertório a rapidissima Fast As a Shark, Restless and Wild, Metal Heart, Balls to Wall, além de outras composições dos álbuns mais recentes. Já o Manowar com os membros vestidos tradicionalmente de guerreiros do Metal fizeram um show exaltando a grandiosidade e superioridade do gênero, com direito a um longo discurso de Joey De Mayo em português. Também tocaram vários hinos do metal pesado tirados do disco Battle Hymns como a música Manowar que abriu o show, Metal Daze, Battle Hymn e outras igualmente clássicas como Kings of Metal, Sign of the Hammer e o solo de baixo de De Mayo, Sting of the Bumblebee.

O Judas Priest repetiu o show do sábado e acabou não animando muito o público na segunda apresentação, o que demonstrou que não foi uma boa ideia trazer uma mesma atração para dois dias do festival.

O KISS finalizou apoteoticamente o festival com o seu tradicional show que sempre segue o mesmo script, diante de uma platéia lotada de fãs pintados de Gene Simmons, Paul Stanley, Tommy Thayer e Eric Singer. Abriram o espetáculo com Detroit Rock City, Creatures of the Night e Psycho Circus. Gene Simmons cuspiu fogo e sangue, enquanto Paul Stanley fez seu voo por cima da platéia durante Love Gun. Apresentação, que atrasou aproximadamente 40 minutos para começar, encerrou com Rock and Roll All Night para delírio da massa de quase 35 mil pessoas que ficou até a uma hora da manhã da segunda feira.

É isso aí! Keep rockin!